
EMPREENDIMENTO IMOBILIÁRIO EM MATOLA
Matola Maputo | Moçambique
ESTUDO PRÉVIO
Matola, capital da província de Maputo, é um centro industrial com um importante terminal de carvão.
O terreno, localizado no centro de Matola, tem na envolvente próxima alguns edifícios de serviços como os Cor- reios de Moçambique, o Ministério da Cultura, o Ministério da Saúde e as Finanças. Noutro quarteirão mas nas imediações também se encontra a Igreja de S. Gabriel da Matola.
O lote apresenta uma forma trapezoidal e um perfil praticamente plano, sendo acessível pela rotunda, a sul, de onde radiam várias artérias inclusive a sudoeste, a que confere ao terreno a maior frente urbana.
O traçado urbano sugere assim um natural e franco acesso por sul, com privilegiada visibilidade para quem circula na rotunda para todas as direções. O acesso principal ao empreendimento, sobretudo pedonal, faz-se então por sul, convidando os transeuntes a passear nas redondezas. Todavia, existe um acesso secundário entre o conjunto de lojas, que faz a frente da rua sudoeste, para que os trabalhadores dos serviços e comércio localizados a norte tenham uma entrada mais direta. A entrada de serviço, com espaço exterior privado, manobras de veículos e acomodação de equipamentos de infraestruturas, faz-se pela rua lateral sudoeste.
Aqui pretende-se implantar um empreendimento imobiliário que servirá a população das vizinhanças através da oferta de comércio e restauração e também por poder tornar a estadia mais permanente com a introdução de escritórios e habitações.
Apresenta-se uma proposta que pretende criar, para a cidade e para o interior do empreendimento, um ritmo dinâmico composto por cheios e vazios que permitem pontos de vista selecionados e ventilação transversal.
O piso térreo, destinado a comércio e restauração, desenvolve-se em edifícios opostos que, com um muro a norte de separação com a zona de serviço, conformam uma ampla praça triangular de estadia e alimentação. O ponto mais tenso da morfologia é o ângulo mais fechado do triângulo onde, por isso, se faz a entrada principal e se instalam os sanitários públicos. Este espaço constitui-se a rótula articuladora dos diferentes usos.
O piso 1 destina-se a habitação e escritórios e desenvolve-se em U, com acesso por galeria comum.
No piso 2, a habitação mantém a mesma implantação do piso inferior, com tipologias entre T1 e T3. No volume tardoz, por garantir maior privacidade, as habitações possuem varandas privativas.
Nos pisos 3 e 4, a habitação configura-se em L, desenvolvendo-se no volume central e adjacente ao prédio vizinho com altura semelhante.